sábado, 7 de setembro de 2013
Uma Questão de Beleza
Certa vez, promoveram um concurso de beleza entre as flores. Foi grande a afluência de público e competidoras
A primeira a desfilar foi a Rosa. Entrou ciente de que é a rainha das flores, toda bela, perfumada e enfeitada do orvalho da manhã. Arrancou estrondosos aplausos e muitos gritos de "Já ganhou!"
A seguir, entrou uma Orquídea, majestosa, fulgurante em seu colorido exótico. Foram muitos "ahs" e "ohs" , uma sensação, grande sucesso, aplausos, assobios entusiasmados.
E assim foram desfilando, sucessivamente, várias espécies de flores lindíssimas, perfumadas e muito orgulhosas de seus dotes.
Até que, a um determinado momento, entrou uma flor estranha, que arrancou da platéia um murmúrio espantado: "Quem é esta? O que é isto?" A flor tinha uma cor não muito inspiradora, suas pétalas estavam um pouco desordenadas, seus ramos estavam cheios de espinhos, e ela caminhava trôpega, porém firme, ansiosa em mostrar seus dotes. Esta era a flor do Sofrimento, que a todos comoveu, pois, se não tinha o brilho externo e fácil das outras, trazia consigo o brilho interno da sensibilidade despertada para o verdadeiro amor.
Foi esta flor que ganhou o concurso, e quando o resultado foi anunciado, todas as outras flores se curvaram diante dela, reconhecendo seu valor.
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